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10 de set. de 2011

A orquestra



Do grego: orkestra ("lugar destinado à dança")

Qualquer formação instrumental que reúna um número considerável de músicos pode, de acordo com o resultado pretendido, receber o nome de orquestra.

O número de integrantes e seus instrumentos variam de acordo com a época específica em que as obras foram escritas, o gênero abordado e a vontade expressa pelo compositor em suas criações.

No teatro grego, o termo orkestra indicava o espaço semicircular em frente ao palco onde o coro cantava e dançava.


Já no teatro romano, destinava-se aos assentos dos senadores.

No final do século XVII, o termo foi revivido na França, indicando o local em frente ao palco onde ficavam os instrumentos e o maestro. Apenas no início do século XVIII, a palavra foi aplicada aos próprios executantes.

A chamada orquestra clássica requer uma dosagem das sonoridades, que, com numerosas variantes, é o resultado de uma longa série de ensaios e tentativas que se sucederam ao longo da história da música ocidental.

Estas origens podem ser encontradas no século XVI, nos conjuntos de instrumentos afins nas cortes principais, e nos agrupamentos especiais de instrumentos tocados em cerimônias importantes.

No século XVII, a composição do conjunto variava de lugar para lugar, tanto no número quanto no tipo de instrumentos.
Na primeira metade do século XVIII, as cortes alemãs e austríacas mantinham conjuntos que tinham como modelo as orquestras de corte de Versalhes, basicamente com cordas e madeiras.

Já na segunda metade do século XVIII, uma orquestra padrão consistia de 23 violinos, 7 violas, 5 violoncelos, 7 contrabaixos, 5 flautas e oboés, 2 clarinetes, 3 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, tímpanos e 2 cravos.
Em meados do século XIX, os instrumentos de cordas foram reformados e os  instrumentos de sopro redesenhados, tanto para  facilitar a execução como apresentar uma sonoridade mais possante.

As orquestras utilizadas por Bruckner, Mahler e Wagner, por exemplo, ficaram conhecidas por sua grande dimensão, que respondia à busca desses compositores por novos timbres e combinações sonoras, nas quais alguns naipes de cordas chegavam a contar ate com 70 instrumentos.

O número e a diversidade de instrumentos de sopro utilizados tornaram-se variáveis: o flautim, o contrafagote, e os trombones foram introduzidos por volta de 1810, e o clarone, a tuba e a corneta de pistões foram inventados em meados do século. O corne inglês reapareceu (já tendo sido usado durante o século XVIII), e as harpas também passaram a ser usadas com regularidade.

A orquestra do século XX incorporou um grande número de instrumentos de percussão, incluindo vários de origem oriental ou "exóticos", usados entre outros, por Debussy, Stravinsky, Villa-Lobos e Bartok.

A orquestra sinfônica atual é constituída segundo o modelo do final do século XIX, a formação típica sendo: 32 violinos, 12 violas, 12 violoncelos, 8 contrabaixos, 4 de cada um dos sopros de madeira (flauta, oboé, clarinete, fagote), 8 trompas, 4 trompetes, 3 trombones, tuba e percussão diversificada.

Todavia, outras formações atuais incluem a orquestra de câmara, criada como uma reação ao gigantismo da orquestra pós romântica; a orquestra alterada para a execução de obras de vanguarda, que explora os timbres por intermédio de recursos eletrônicos ou eletroacústicos, destacando-se os conjuntos para execução de música barroca, clássica ou da primeira fase do romantismo.


Sinfônica ou Filarmônica?

O termo sinfônica faz referência a uma consonância de sons. Isso significa que uma orquestra sinfônica é um grupo de músicos que tocam juntos, em harmonia.
Já o termo filarmônica, de acordo com sua origem, diz respeito ao sustento de uma orquestra. Se ela é filarmônica, então é mantida por uma sociedade de amigos ou uma entidade privada.
Portanto, uma orquestra filarmônica também é sinfônica, já que, nela, os músicos também tocam juntos, em harmonia.



Instrumentos

Os instrumentos de orquestra estão agrupados em famílias:
cordas
madeiras
metais
percussão

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